sexta-feira, 27 de maio de 2016

A IE no Desenvolvimento da Empresa - Planejamento Estratégico


O Planejamento Estratégico de uma empresa é a peça chave para à construção de uma empresa sólida e duradoura.
Diz Sun Tzu: [...] Os hábeis guerreiros não encontram dificuldades maiores do que estas nos combates; eles agem de forma que vencem a batalha depois de terem criado as condições apropriadas, eles preveem todas as eventualidades. Conhecem a situação do inimigo, conhecem-lhes as forças, e não ignoram o que podem fazer e até onde podem ir. A vitória é uma decorrência natural desse saber.
Dito isso, agora, é hora de coletar e apurar todas as informações necessárias para implantá-la e ou remodular à instituição, pois toda organização é formada por pessoas, máquinas e equipamentos que tem como objetivo alcançar as metas, traçadas por seus diretores ou donos. Mas, para que isso se cumpra é fundamental planejar as estratégias e os métodos( caminhos) que serão seguidos no percurso para se atingir o objetivo. A essa atividade denominam-se Planejamento Estratégico.
“Assim que as tropas estiverem instaladas, deve-se examinar o perto e o longe, as vantagens e as perdas, o trabalho e o repouso, a diligência e a morosidade. Isso significa que é preciso tornar próximo o que está distante, transformar em lucro as próprias perdas, substituir um ócio nocivo por um trabalho útil, converter a lentidão em presteza”.  Sun Tzu
Assim como o Planejamento Estratégico, outra atividade de Inteligência que está começando a ser utilizada nas organizações brasileiras e deverá ser adotada em conjunto com a primeira é a Gestão de Continuidade dos negócios (GCN).  A GCN trata do estudo de identificação dos processos (mapeamento de riscos) que dão vida a uma empresa, ou seja, aqueles mais críticos e impactantes.  Determinando os requisitos de resiliência e recuperação do seu negócio, mas essa atividade não será tratada minuciosamente dessa vez, ficando para outro momento oportuno, pois a questão aqui é o Planejamento Estratégico.
Definindo a visão e missão do negócio  
Visão  
É a direção em que a empresa pretende seguir, ou ainda, um quadro do que a empresa deseja ser. Deve refletir as aspirações da empresa e suas crenças, assim uma boa análise de cenário externo poderá facilitar a definição do posicionamento da empresa. 
Missão  
A declaração de missão da empresa deve refletir a razão de ser da empresa, qual o seu propósito e o que a empresa faz aqui a instituição faz uma introspectiva, avalia qual será a sua contribuição para a sociedade e o porquê de existir. 
 Analisar o ambiente externo 
“Antes de ordenar o acampamento, informa-te da posição de teus inimigos. Analisa o terreno e escolhe o mais vantajoso”.  Sun Tzu
Uma vez declarada a visão e missão da empresa, seus dirigentes devem conhecer as partes do ambiente que precisam monitorar para atingir suas metas. É preciso analisar as forças  macroambientais (demográficas, econômicas, tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais) e os atores microambientais (consumidores, concorrentes, canais de distribuição, fornecedores) que afetam sua habilidade de obter lucro.
Segundo Tzu, O que põe o governante sábio e o comandante experiente em condições de alcançar vitórias e realizar coisas que estão fora da capacidade de imaginação das massas é a sua visão prospectiva.  Assim, para auxiliar nessa atividade a Inteligência Estratégica disponibiliza a Análise da Conjuntura do Mercado. 
Uma análise de conjuntura é um retrato dinâmico de uma realidade e permite compreender as relações entre as partes que formam o todo, pois a totalidade é um conjunto de múltiplas determinações, ou seja, é a busca de informações relacionadas com:
1) Demográficas;
2) Mercadológicas;
3) Meio ambiente e Recursos naturais (Natural);
4) Sociais e Culturais;
5) Tecnológicas e Militares;
6) Políticas / legal e
7) Econômicas.
 Oportunidades 
Um importante propósito da análise ambiental é identificar novas oportunidades de marketing, mercado, clientes e produtos, que em alguns casos são fáceis de identificarem.
Porém, essas oportunidades muitas das vezes poderão está travestidas de ameaças, e nesses casos somente o administrador que estiver subsidiado de informações/conhecimento/ inteligência precisas quanto a esse cenário poderá lograr êxito.
Ameaças 
Ameaça ambiental é um desafio decorrente de uma tendência desfavorável que levaria a deterioração das vendas ou lucro, a qual sendo identificada é possível a sua mitigação a fim de se evitar os prejuízos futuros.
Segundo Tzu, se nós conhecemos o lugar e o tempo da batalha que está por vir, então podemos reunir nossas forças de todas as partes. Se não conhecemos nem o lugar nem o tempo, então a ala direita não pode apoiar à esquerda, a esquerda não pode apoiar à direita, a vanguarda não pode apoiar a retaguarda e retaguarda não pode apoiar a retaguarda. Tanto mais, quando as partes extremas da tropa estão distantes uma da outra até cem li e mesmo as mais próximas ainda estão distantes vários li uma da outra.
Assim, deverão ser identificados os pontos fortes e fracos da empresa, com isso Você saberia dizer quais são as qualidades e o que pode ou deve ser melhorado na sua empresa? Esses são os pontos fortes/forças e fracos/fraquezas do seu negócio. 
Pontos Fortes e Fracos 
Sun Tzu relata que a própria invulnerabilidade está em nossas mãos, enquanto a vulnerabilidade do inimigo está nas do inimigo. O bom combatente pode tornar-se a si mesmo invulnerável, porém tornar vulnerável o inimigo não está em seu poder.
Assim deverá o administrador definir quais os recursos da empresa que são fundamentais para a sua manutenção ou melhorar a sua participação no mercado, a fim de aprimora-los cada vez mais. Da mesma forma, o administrador deverá mapear os processos que podem causar perdas, a fim de mitiga-los ou tratá-los para que se tornem pontos fortes da empresa. 
Analisar a situação atual  
Depois de identificados os pontos fortes e pontos fracos e analisadas as oportunidades e ameaças, pode-se obter a matriz FOFA (fortalezas, oportunidades, fraquezas e ameaças) ou SWOT (strengths, weaknesses, opportunities e threats). Inclua os pontos fortes e fracos de sua empresa, juntamente com as oportunidades e ameaças do setor.
Definir objetivos e Metas 
São elementos que identificam de forma clara e precisa o que a empresa deseja e pretende alcançar. A partir dos objetivos e de todos os dados levantados acima, são definidas as metas.
As Metas existem para monitorar o progresso da empresa. Para cada meta existe normalmente um plano operacional, que é o conjunto de ações necessárias para atingi-la, toda meta, ao ser definida, deve conter a unidade de medida e onde se pretende chegar.   
Formular e Implementar a Estratégia  
Até aqui, você definiu a missão e visão do seu negócio e definiu metas e objetivos visando atender sua missão em direção à visão declarada. Agora, é necessário definir-se um plano para se atingir as metas estabelecidas, ou seja, a empresa precisa de uma formulação de estratégias para serem implantadas. Após o desenvolvimento das principais estratégias da empresa, devem-se adotar programas de apoio detalhados com responsáveis, áreas envolvidas, recursos e prazos definidos. Gerar Feedback e Controlar.
À medida que programa sua estratégia, a empresa precisa rastrear os resultados e monitorar os novos desenvolvimentos nos ambientes interno e externo. Alguns ambientes mantêm-se estáveis de um ano para outro. O ideal é estar sempre atento à realização das metas e estratégias, para que sua empresa possa melhorar a cada dia.
Considerações finais
Por meio desse estudo buscou-se demonstrar desde o princípio a necessidade de reconhecer a inteligência estratégica, como uma necessidade para a sobrevivência de uma organização, haja vista que na Era da Informação, ocorre constantes mudanças no ambiente competitivo das empresas, e somente com a obtenção e tratamento da informação, é possível sobreviver, aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Conforme foi demonstrado neste estudo, a Inteligência Estratégica não é uma novidade e sim, um método que é utilizado desde os tempos remotos, principalmente, por Sun Tzu, e que até hoje poderá ser o diferencial estratégico para uma organização.
Independente da Visão a ser adotada pela organização, essa deverá ser implantada com observância às peculiaridades de cada empresa, tais como tamanho, volume de recurso financeiro, cultura e etc. A Inteligência Estratégica é um processo crítico, porém necessário ás instituições modernas, uma vez que o mercado atual exige dessas empresas diferenciais competitivos para manter-se na concorrência. E de seus Tomadores de Decisão é exigido resposta rápidas e precisas frente à oportunidade ou ameaças vividas. Porém, caso alguém comece a ler esse documento por este final, deverá se perguntar: como saber qual informação mais precisa para um evento? Saiba que essa resposta foi dada nos capítulos anteriores, no entanto, destaca-se que para alcançar respostas eficazes e eficientes o tomador de decisão precisará está munido de informações relevantes. Destaca-se que para obter esse potencial a organização deverá utilizar todas as ferramentas disponíveis, principalmente, aquelas disponibilizadas pela Tecnologia da Informação. Por fim, após, implantada a Inteligência Estratégica na Instituição essa deverá rever todo o seu planejamento estratégico utilizando essa ferramenta, a fim de remodelar os seus processos em busca de um posicionamento mais real e de um futuro mais próximo e para aqueles que ainda não constituíram as suas empresas, começa com a Inteligência Estratégica, assim você poderá mapear e conhecer todo o cenário que deseja adentrar o que facilitará as suas decisões na hora de planejar o futuro da sua empresa e os objetivos que pretende alcançar.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O Processo de Tomada de Decisão


colegioweb.com.br/curiosidades/como-lidar-com-o-excesso-de-informacao.html
Tomar decisões faz parte da vida de qualquer pessoa e está presente em todos os seus aspectos, indo desde tópicos pessoais como a escolha da roupa que irá vestir até decisões mais abrangentes, como o casamento, caso ou não caso..., como também no planejamento de grandes projetos que envolvem as organizações sejam elas privadas e/ou públicas.
A certeza que se tem é: Toda vez que a tomada de decisão é tratada, remete-se a um problema básico, que é a incerteza e a possibilidade de tomarmos uma decisão errada.
Segundo Chiavenato (2004, p. 254 e 255) tomar 
decisões é identificar e selecionar um curso de ação para lidar com um problema específico ou extrair vantagens em uma oportunidade. O processo decisório é o caminho mental que o administrador utiliza para chegar a uma decisão. O tomador de decisão deve analisar as condições do ambiente em que está inserido, pois o ambiente influencia profundamente o processo decisório.
Existem dois tipos básicos de decisões administrativas: decisões programadas (estruturadas) e decisões não programadas (não estruturadas). Para Robbins e Decenzo (2004, p. 86) as decisões são programadas na medida em que se tornam repetitivas e rotineiras e a partir do momento em que se tenha elaborado uma abordagem específica para lidar com elas. As decisões não programadas são decisões singulares e não recorrentes. Elas são necessárias quando respostas padronizadas não solucionam o problema e precisa-se de outras soluções mais criativas e inovadoras.
Segundo Turban (2004, p. 367), tomar decisões durante o processamento manual de informações está se tornando cada vez mais difícil por inúmeras razões:
* o número de alternativas a serem avaliadas cresce constantemente, devido a inovações tecnológicas, melhores comunicações, etc.;
* muitas decisões precisam ser tomadas sob pressão do tempo;
* devido às crescentes flutuações e à incerteza no ambiente decisório, muitas vezes é preciso fazer uma análise sofisticada para tomar uma boa decisão.
Porém, quando se organiza a informação para tomada de decisão, aumenta-se a probabilidade dessa decisão ser a correta, pois visa à antecipação de problemas e a identificação de oportunidades. A informação serve à tomada de decisão, logo a necessidade de decidir com maior precisão, por conseguinte, é justificada pela necessidade que temos em agir, dentro das organizações e no campo da pesquisa. Com informações consistentes, têm-se melhores condições de chegar a decisões mais acertadas, como também a uma aceitação mais eficaz dessas decisões perante o público-alvo (FREITAS e MOSCAROLA, 2000).
A Tomada de Decisão tem que se subsidiada de experiência, conforme diz Tzu: O Exército vencedor percebe as condições da vitória primeiro e depois luta já o Exército perdedor luta primeiro e só depois busca a vitória.
Para Tzu, o comandante experiente tem que tomar em consideração igualmente vantagens e desvantagem, ao tomar em consideração as vantagens, ele torna seu plano exequível; ao tomar em consideração as desvantagens, ele evita algum possível infortúnio.
Segundo Simon citado por Moritz e Pereira (2006), a decisão é um processo de análise e escolha entre várias alternativas disponíveis do curso de ação que a pessoa deverá seguir. Ele aponta seis elementos clássicos na tomada de decisão:
1- O tomador de decisão – é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas de ação; 2- Os objetivos – que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações; 3- As preferências – critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha; 4- A estratégia – o curso da ação que o tomador de decisão escolhe para atingir os objetivos, dependendo dos recursos que venha a dispor; 5- A situação – aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, muitos dos quais se encontram fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam sua escolha; 6- O resultado – é a consequência ou resultante de uma dada estratégia de decisão.
Assim, o gestor tem como função específica desenvolver e regular o processo de criação de informações para auxílio nas tomada de decisão, tornando essa atividade mais eficaz. Dentro da organização, em busca das metas, existem níveis diferentes de tomada de decisão. São os níveis estratégico, tático e operacional de tomada de decisão que vão mobilizar todos os recursos de uma empresa para a concretização dos seus objetivos.
Por fim, para tomada de decisões é necessário uma racionalidade do tomador de decisão. A racionalidade resulta da escolha das estratégias e ferramentas mais apropriadas para o alcance dos objetivos, na busca dos melhores resultados, para tomar as decisões certas é preciso boas informações. A informação é fundamental em cada fase da atividade do processo decisório, diante disso, é fundamental a construção de sistemas de inteligência que reforçam o acesso ao conhecimento para a tomada de decisões, o que será apresentando daqui por diante.  
Características da informação 
Segundo Freitas e Janissek (2006), apresentam-se abaixo as categorias possíveis das informações coletadas e suas características:
- Formal x Informal. A característica formal significa que a informação pode ser buscada em fontes de informações e em situações registradas e formalizadas: uma publicação ou documento oficial ou profissional, uma base de dados, um relatório de estudos, certos web sites, etc.
- Na informal, a informação pode ser buscada tanto em fontes de informações como em certos contextos ou situações diversas que não são necessariamente formalizadas. Não é possível ter a garantia de que se trata de algo sério: um contato pessoal com um indivíduo, certos web sites, uma observação, uma percepção, uma intuição, etc. (ANDRIOTTI, FREITAS, JANISSEK-MUNIZ, 2008).
- Quantitativa x Qualitativa. A informação quantitativa se apresenta sob a forma de valores numéricos ou codificados: um percentual, um volume, uma medida, uma proporção, um resultado, etc. A informação qualitativa se apresenta sob a forma de uma percepção sensorial não codificada (escrita, oral, visual, olfativa, táctil).
- Interna x Externa. A informação interna é um subproduto da atividade interna da organização. Ela informa a respeito de sua situação interna. A informação externa provém do exterior da organização. Ela informa a respeito do ambiente externo e sua evolução.
- Disponível x Indisponível. Avaliar atentamente se vale a pena busca dados não disponíveis pelo seu potencial de agregação, bem como se tem tempo, ou será possível obter isso em tempo hábil. Questões de custo dessa obtenção devem ser avaliadas.
- Retrospectiva x Antecipativa x Atual. A informação retrospectiva diz respeito a dados históricos, quantitativos, completos, disponíveis, indicando fatos, eventos, circunstâncias ou situações que já ocorreram, e serve para analisar e compreender o passado. A informação antecipativa indica fatos, eventos, circunstâncias ou situações que estão iniciando ou que poderiam se realizar num futuro próximo. São dados normalmente parciais, qualitativos, ambíguos, incompletos, de acesso esporádico. A informação atual indica fatos, eventos, circunstâncias ou situações que estão se realizando: este tipo de informação serve para analisar e compreender situações presentes (JANISSEK-MUNIZ, LESCA e FREITAS, 2007).
- Aleatória x Não aleatória: A informação aleatória é coletada em diferentes fontes e por diferentes pessoas durante seus contatos em contextos diversos, e em função de diferentes circunstâncias. A não aleatória é fácil de encontrar, pois sua fonte é conhecida, bastando para tal consultá-la em circunstâncias conhecidas.
- Ambígua x Não ambígua: A informação ambígua permite múltiplas interpretações, às vezes contraditórias, o que faz que ela seja particularmente difícil de entender e de explorar. A informação não ambígua possui um significado intrínseco, único e evidente, o que faz que seu entendimento e exploração sejam simples.
- Familiar x Não familiar: A informação familiar é conhecida como aquela que temos o hábito de buscar, coletar e utilizar. A informação não familiar é especialmente singular, única, pois não a conhecemos e não temos hábito de coletá-la e utilizá-la.
- Confiável x Não confiável: A informação confiável é segura e válida, de fonte conhecida. A fonte é um aspecto que afeta fortemente a confiabilidade da informação.
- Fragmentada x Não fragmentada: A informação fragmentada se apresenta sob a forma de fragmentos, de detalhes tangíveis, de uma pequena parte de algo que será composto aos poucos. Por exemplo, uma imagem, uma frase ou algumas palavras, etc. A informação não fragmentada se apresenta sob uma forma construída e estruturada. Por exemplo: um artigo, um dossiê, um resumo, um relatório, etc.
- Completa x Incompleta: A informação completa fornece um conhecimento suficiente ou exaustivo sobre o assunto que nos interessa. Ela permite um controle suficiente a respeito do assunto. A informação incompleta fornece algum conhecimento a respeito do assunto que nos interessa, mas ainda faltam diversos elementos para poder ter um conhecimento ou controle suficientes a respeito do assunto.
- Operacional x Estratégica: A informação operacional está relacionada à atividade e o funcionamento quotidiano da organização. A informação estratégica está relacionada ao futuro da organização, suas escolhas e suas orientações.
- Fatual x Subjetiva: A informação fatual indica fatos, eventos, circunstâncias ou situações reais; e a subjetiva indica conjunturas, hipóteses, intuições, possibilidades, etc.
- Verbal x Escrita x Visual x Olfativa x Táctil: A informação verbal é veiculada por uma conferência, uma discussão, uma reunião, uma comunicação telefônica, etc. A informação escrita é veiculada por um artigo na imprensa, uma carta, um e-mail, um catálogo, etc. A informação visual é perceptível por uma fotografia, um plano, um gráfico, um desenho, etc. A informação olfativa é perceptível via um cheiro. A informação táctil é perceptível via toque.
- Visível x Não visível: A informação visível é fácil de perceber e identificar no meio de outras informações disponíveis e acessíveis. A não visível é muito difícil de ser percebida e identificada no meio de tantas outras informações disponíveis e acessíveis.
Os seguintes pilares conceituais da segurança da informação devem ser contemplados pelas ferramentas (ABRAIC, 2004):
- Confidencialidade – garantia de que a informação é acessível somente a pessoas autorizadas.
- Integridade – salvaguarda da exatidão e completeza da informação e dos métodos de processamento.
- Disponibilidade – garantia de que os usuários autorizados obtenham acesso à informação e aos ativos correspondentes, sem que necessário.
Ciclo da Inteligência 
O ciclo de inteligência objetiva identificar, coletar, tratar, proteger, analisar, disseminar e mensurar os resultados das atividades de inteligência.
No ciclo são apontadas as fases do processo de Inteligência, que proporcionarão a produção de conhecimento que pode auxiliar na diminuição das incertezas, tomada de decisão e busca por aperfeiçoamento das organizações frente a seus concorrentes. 
A informação percorre todo o ciclo até transformar-se em conhecimento e então em inteligência, quando é praticada no dia a dia dos tomadores de decisão. 
Oliveira (1993) descreve um método de apoio à tomada de decisão para empresas, o qual chama de cadeia do “processo decisório”, representada por uma sequência de passos para o gestor empresarial corrigir eventuais desvios na execução da estratégia (identificação do problema, coleta de informações, análise, avaliação de alternativas e implantação de ação corretiva). Entretanto, não prevê que esta prática seja ato contínuo na organização, mas de uso eventual e de iniciativa exclusiva da alta chefia.
Porter desenvolveu uma metodologia para a análise da concorrência que prevê quatro momentos principais: 1) Análise das necessidades, definição dos alvos; 2) Coleta de informações após definição das fontes úteis; 3) Análise e avaliação das informações com os especialistas da área; 4) Difusão das informações aos decisores para a ação. 
Entretanto, diferentemente do sistema proposto por Oliveira (1993), o sistema de inteligência tem um ciclo de etapas distintas e de execução contínuas, que se realimentam e geram um novo ciclo após a utilização do produto de inteligência, em um movimento constante e interativo com a organização. Abaixo está descrita cada fase do ciclo:
1 Identificação das necessidades do Decisor / Usuários;
2 Coleta de informação;
3 Gestão e Processamento;
4 Análise e Produção de inteligência;
5 Difusão / Disseminação do conhecimento; 
8.3 Identificação das necessidades 
Os bancos de informações são, por definição, orientados pelas necessidades e devem gerar resultados( inteligências) que atendam prontamente(disponibilidade) às solicitações dos tomadores de decisões. A primeira fase neste ciclo consiste em planejar e direcionar o processo de inteligência para evitar a coleta e análise de informações que não sejam relevantes para os tomadores de decisão. O componente de planejamento busca definir metas de coletas de informações específicas e focadas e as fontes mais prováveis das mesmas.
Para Miller (2002), uma das formas mais fáceis de identificar essas necessidades de informação é fazer ao tomador de decisão as seguintes perguntas:
- Quais decisões precisam ser tomadas?
- O que eles precisam saber?
- O que eles já sabem?
- Porque eles precisam disso?
- Em quanto tempo precisarão saber disso?
- O que farão com a “inteligência” gerada, após tê-la obtida?
- Quanto custará obtê-la?
- Quanto poderia custar não obtê-la?
Após a identificação das necessidades, a próxima fase será a definição do método para a coleta das informações.
 Coleta de dados / informações
Esta fase inclui tanto a aquisição quanto o fornecimento de informação para análise e produção de inteligência. 
Para Dutka (1999) a etapa de coleta de dados é criada por três condições: uma relacionada às requisições da alta gerência e do usuário, demonstrando a completa compreensão da requisição; outra relacionada à informação disponível na organização, que se refere a identificar os usuários, como a informação é obtida e como é utilizada; e a última consideração relacionada à informação de inteligência já gerada por outras funções, como pesquisa de marketing e funções de planejamento estratégico.
O processo de coleta abrange o gerenciamento de várias atividades, incluindo roteiros de coleta que assegurem a utilização em massa dos recursos disponíveis. A coleta deverá seguir um método que garanta que o material coletado atenderá as expectativas dos usuários finais. Estes métodos de coleta estabelecem certos procedimentos para coletar a informação. Geralmente são procedimentos que geram informações duplicadas. A redundância mitigam os ruídos que possam significar ou falha de um recurso utilizado. Desta forma, fica assegurado que a disponibilidade da informação será mantida e as necessidades dos usuários da inteligência serão atendidas.  A redundância, provocada pelo uso de diferentes tipos de coleta, também garante a validação da informação captada, confirmando ou refutando a pertinência da informação. O serviço de coleta deve conter alguns valores básicos para permitir a sequência do ciclo de inteligência: comunicação confiável, rápida, segura e redundante. 
Passos (2005) apresenta as seguintes fontes de informação para o processo de IE e suas características:
- Fontes secundárias internas: destacam-se bibliotecas internas as empresas, relatórios de pesquisa e panoramas setoriais, bases de dados em papel e eletrônicas, clippings internos, informativos de vendas e relatórios de associações comerciais;
- Fontes secundárias externas: neste segmento as fontes mais comuns são os relatórios financeiros de empresas de capital aberto, press releases de empresas concorrentes, relatórios financeiros de agências, sites de concorrentes, jornais e informativos internos, relatórios do governo, bases eletrônicas de jornais e revistas, publicações acadêmicas e todo tipo de publicação com notícias ou informações que possam trazer elementos que afetem o negócio da empresa, direta ou indiretamente;
- Fontes primárias externas: podem ser formadas por pesquisas de mercado ou pessoas chave para o segmento, capazes de produzir análises específicas do segmento ou divulgar dados relevantes para o negócio da empresa;
- Fontes primárias internas: e a principal fonte geradora de informação inteligente para a empresa, porque qualquer funcionário pode ser uma fonte primária de informações e poderá representar o diferencial da organização e fonte para a vantagem competitiva sustentável, uma vez que é praticamente impossível de ser imitada ou replicada em outra empresa.
Para Sutton (1988), as fontes de informação para o processo de inteligência empresarial, foram classificadas da seguinte forma:
- Fontes internas: setores de vendas, de pesquisa mercadológica, de planejamento, de engenharia, de compras, análise de produtos concorrentes, ex-empregados de concorrentes;
- Contatos diretos com o setor de negócio: clientes, encontros, demonstrações varejistas, empregados dos concorrentes; agências de publicidade;
- Informações publicadas: periódicos do setor, material promocional das empresas, relatórios anuais, relatórios de analistas financeiros, periódicos locais, diretórios, publicações governamentais;
- Outras fontes: analistas financeiros, bases de dados eletrônicas, anúncios, bancos de investimento e comerciais.  
 Gestão e Processamento de informações
A terceira fase exige um método mais sólido e formal para colher informação e criar inteligência, é a conversão da informação coletada para uma forma mais conveniente para produção de inteligência. Neste processo, a informação coletada é convertida em formatos que possam ser prontamente usados pelos analistas de inteligência. Este processo inclui os objetivos, recursos humanos, uso tecnologia, a fim de identificar a informação relevante e suas respectivas fontes, contribuindo para a estruturação do processo de tomada de decisão. Tudo para permitir uma análise detalhada e comparação com outras informações coletadas.
Essa fase requer pessoas que recebam os dados, organiza-os e torna-os acessíveis; os construtores de sistemas que fornecem as tecnologias e serviços necessários para acessar e distribuir produtos e serviços de inteligência em toda a empresa; os responsáveis pela segurança das estruturas e sistemas de dados contra acessos e utilização inadequados por pessoas não autorizadas, o que se pode definir como Contra Inteligência, ou seja: departamento ou grupo que tem como função ocultar à inteligência gerada contra os assaltos da Inteligência das empresas concorrentes. 
Para Davenport (1998), a equipe de informação ideal deve ter os seguintes atributos:
- Compreensão abrangente da área de atuação e conhecimento da estrutura e da função da empresa;
- Conhecimento sobre as diferentes fontes de informação da organização;
- Facilidade de acesso a tecnologias de informação;
- Entendimento político associado à habilidade para exercer liderança;
- Fortes qualificações para relações interpessoais;
- Expressiva orientação para o conjunto do desempenho do negócio, em vez de submissão a objetivos funcionais da organização.   
 Análise e Produção 
O quarto passo é o processo de analisar, avaliar, interpretar e integrar dados brutos e informação para gerar construção de cenários, alertas e propostas de ação. O produto de inteligência pode ser gerado desde a contribuição de uma simples fonte ou a partir de uma coleta de múltiplas fontes e banco de dados. Para ser efetiva a inteligência produzida tem que atender as necessidades do usuário. Para isto deve ter objetividade, conveniência e precisão. Os analistas de inteligência, neste passo, devem eliminar as informações redundantes, errôneas ou não pertinentes às necessidades do usuário. Se necessário, os analistas devem determinar nova coleta para preencher as lacunas de informação existentes nas próprias informações coletadas ou nos bancos de dados. Para que a inteligência seja de fato relevante para a tomada de decisões e para que se volte para futuras situações competitivas, os sistemas devem aplicar técnicas e métodos de análise rigorosos. Isso transforma meros resumos, que descrevem as ações tomadas pelos concorrentes do dia anterior, em inteligência analítica, que prevê o comportamento futuro da concorrência e discute suas implicações para a estratégia da empresa. O produto final da inteligência deve oferecer análises conclusivas que promovam discernimento e clarividência ao usuário sobre os assuntos da área de interesse. 
Disseminação / Comunicação 
Conforme Peter Drucker, antigamente, quem detinha o poder era quem guardava o conhecimento em segredo, hoje o poder é de quem o transforma em produção, ou seja, quem o expõe ao Mercado com inovação.
Atualmente a informação é o bem mais valioso para as instituições, por ser um bem intangível, não pode ser mensurada, assim precisa ser administrada com cuidado, porém deverá está disponível quando necessário.
Uma fonte ou uma informação acessível é aquela disponível ao usuário no momento desejado, ou seja, importante na aquisição de uma informação é obter a boa informação (pertinente e útil) e igualmente poder dispor dela no momento adequado (FREITAS e JANISSEK, 2006).
Assim deve-se tomar cuidado com as informações não relevantes ou falsas informações, pois poderá levar o gestor em direção errada ou cair em uma cilada. Segundo Sun Tzu, na Arte da Guerra você deverá enganar o inimigo, escolha um lugar ao qual quer atacar e ataque em outro local, desviando a atenção do inimigo e enquanto ele está distraído ataque o seu objetivo real.
Já para Kananer (1996), são quatro as etapas que compõe um processo de inteligência:
a) Planejamento e direção – quando são definidos os fatores críticos de sucesso e as necessidades de informação. Nessa etapa, o destaque é a participação daqueles que tomam decisão estratégica na empresa;
b) A coleta e tratamento das informações – quando são identificadas e avaliadas as fontes São características, condições ou variáveis que devidamente gerenciadas, mantidas ou sustentadas podem apresentar um significativo impacto para o sucesso dos negócios de uma empresa ou indústria em particular (STAREC, 2005) de informação e extraídas, processadas e armazenadas as informações formais e informais pertinentes. O analista de informação exerce um papel preponderante nesta etapa;
c) A análise da informação e sua transformação em inteligência – quando são validadas e complementadas as informações, elaborados resumos qualitativos e relatórios que irão orientar a tomada de decisões. Esta etapa requer a participação essencial de especialistas nos temas em foco;
d) A disseminação e utilização – quando são definidos os mecanismos de apresentação dos produtos do processo de inteligência, cuja responsabilidade é dos analistas de informação. Porém, o processo só se consolida e se transforma em inteligência se seus resultados são utilizados para a tomada de decisão. Neste caso, novamente o destaque é a participação daqueles que tomam decisão estratégica na empresa. Caso o processo termine na disseminação, a empresa terá adquirido apenas conhecimento, uma vez que a inteligência só ocorre quando os resultados do processo são utilizados na definição das ações empresariais. 

Por fim, a fase final do ciclo de inteligência é a entrega para o usuário da informação acrescida de valor e significado e que seja útil para tomar uma decisão imediatamente e primeiro que o concorrente. (Figura 6)

sábado, 14 de maio de 2016

Criando um processo de Inteligência Estratégica

Ao criar e desenvolver um processo de Inteligência deverá ser observado às origens, os conceitos apresentados, os padrões das informações coletadas, a gestão e a distribuição das informações, a fim de que essas possam ser transformadas em inteligências disponíveis aos gestores na hora das decisões.

Diante desse contexto, os capítulos a seguir abordarão a origem da inteligência e da estratégia, a conceitualização, a base de sustentação ao processo decisório e a apresentação sintetizada do ciclo de inteligência e do Planejamento Estratégico.
Apenas ver chances de vitória ali onde qualquer um pode reconhecê-las não é a culminância da arte da Guerra. Sun Tzu

O que é Inteligência?

Inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair ideias, compreender ideias e linguagens e aprender.(http://pt.wikipedia.org/wiki/Inteligência, acessada em 10/11/2014).

Segundo OLIVEIRA (2008), apesar de inúmeros conceitos para a palavra Inteligência, de origem latina, verifica-se que, na sua gênese, trata-se das questões afetas ao cognitivo, à percepção, à psicologia, deveras importante para a compreensão do aprendizado humano.

Para Tarapanoff (2001), Inteligência: pode ser entendida como conhecimento contextualmente relevante que permite atuar com vantagem no ambiente considerado. Resulta da síntese de corpos de conhecimentos, com o uso do julgamento e da intuição daquele que toma decisões, e obtém-se uma visualização completa da situação.

O que é Estratégia?

Ansoff (1993) entende estratégia como um conjunto de regras de tomadas de decisão que orientam o comportamento de uma organização, sendo que o seu processo de formulação deve estipular as direções gerais nas quais a posição da empresa crescerá e de desenvolverá. Em sua abordagem, Ansoff destaca que a criação de novas estratégias torna-se necessária quando novas exigências impostas pela sociedade mudam drasticamente os objetivos de uma organização.

Para Porter (1986), é a importância de formular estratégias competitivas, ou seja, ações ofensivas ou defensivas adotadas pelas empresas, visando criar uma posição que enfrente com sucesso as forças competitivas.

Já Sun Tzu dizia: Evite a força e ataque a fraqueza, para Tzu era mais importantes ser mais inteligente do que o inimigo do que ser mais forte, a superioridade numérica apenas não oferecem nenhuma vantagem, não avance contato apenas com o poderio militar, assim pode-se afirmar que Tzu sempre preferiu o intelecto a força, sempre à estratégia do que à força.

Então, o que é Inteligência Estratégia?

- É um processo sistemático de busca, interpretação e utilização da informação, de forma a criar novas oportunidades e prever mudanças com vistas a obter vantagem competitiva sustentável (GUILHON, 2004; JAKOBIAK, 2004; LEVET, 2001; WRIGHT; CALOF, 2006).

Segundo o Relatório Martre, referência na França, é:

- [...] inteligência estratégica pode ser definida como o conjunto das ações coordenadas de busca, tratamento e distribuição, para uso, da informação útil para os atores econômicos. Essas ações são feitas dentro da lei com todas as garantias para proteção do patrimônio da empresa, nos melhores prazos e custos. A informação útil é aquela que será utilizada pelos diferentes níveis de decisão da empresa ou da coletividade, para elaborar e pôr em prática de maneira coerente as estratégias e táticas necessárias para cumprir os objetivos da empresa, a fim de melhorar o posicionamento da mesma no ambiente competitivo. Estas ações, na empresa, se ordenam em um ciclo sem interrupção que gera uma visão compartilhada dos objetivos da empresa.

Para Lesca (2003): 

- [...] a IE, é o processo coletivo, proativo e contínuo, pelo qual os membros da empresa coletam (forma voluntária) e utilizam informações pertinentes relativas ao seu ambiente socioeconômico e às mudanças que podem nele ocorrer, visando criar oportunidade de negócios, inovar, adaptar-se à evolução do ambiente, evitar surpresas estratégicas desagradáveis e reduzir riscos e incerteza em geral.

Segundo Motte (2007), “a IE trabalha com informações obtidas de forma totalmente legal e os profissionais se comprometem a respeitar uma ética profissional.” Ainda observa que “apesar do caráter totalmente antiético da atividade, as empresas que cogitam praticá-la correm riscos demasiadamente grandes que podem conduzir à morte da organização.

Para SCIP, o termo contra - inteligência descreve os passos que uma organização dá para proteger a informação procurada por coletores de inteligência ‘hostis’. Uma das medidas mais efetivas de contra - inteligência é definir quais as informações ‘secretas’ e controlar sua disseminação.

Para Natsui (2002): 

[...] a discussão sobre gestão do conhecimento surgiu na década de 90 e tem como objetivo gerenciar o conhecimento acumulado de funcionários a fim de transformá-lo em ativos para a empresa. A autora ainda complementa a empresa cria condições para que o conhecimento seja criado, socializado e externalizado dentro da mesma, transformando-o de tácito a explícito. Já a IE está mais voltada para a produção de conhecimento referente ao ambiente externo da empresa. Entretanto, cabe salientar que a implantação da gestão do conhecimento nas empresas facilita a atuação da área de inteligência e vice-versa.

Assim, o principal objetivo da Inteligência Estratégica é oferecer um suporte simples e eficaz para que através da aquisição e interpretação da informação pertinente se possa melhor conduzir as estratégicas e utilizar forma mais eficaz os recursos da organização, melhorando o processo decisório, e assim melhor enfrentando as turbulências do ambiente (LESCA, 2003).

O escopo do processo de inteligência é muito amplo e pode ser aplicado a vários tópicos dentro de uma empresa – por exemplo, a estratégia corporativa, a eficiência operacional, a posição competitiva no respectivo setor e/ou planejamento de novos produtos. Destaca-se que o processo de inteligência pode dar sustentação a decisões fundamentais em inúmeros departamentos de uma mesma empresa (MILLER, 2002).

Então, a Inteligência Estratégica é o processo onde há à coleta de dados, transformação desses dados em informação, gestão e disseminação da informação apoiada pelas diversas tecnologias de informação, gerando assim conhecimento aos gestores desse processo, a fim de auxilia-los nas tomadas de decisões, as quais precisam ser tomadas de forma rápida e eficiente para atender à urgência do mercado.

Na Próxima, e penúltima publicação, veremos como aplicar a IE. Até lá!

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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Inteligência Estratégica no Brasil

Imagem: http://acieg.com.br
A história da Inteligência Estratégica no Brasil, segundo Oliveira( 2008), inicia-se em 1927 com o governo de Washington Luís, que criou o Conselho de Defesa Nacional(CDN), Já em 1958, foi criada a Junta Coordenadora de Informação(JCI), no governo de Juscelino Kubitschek-JK.

DOLABELLA( 2009) retrata a criação, em 1946 através do Decreto Lei n°9775 (Serviço Federal de Informações e Contra Informações-SFICI), porém, esse serviço só foi ativado em 1956, no governo de JK.

Em 1964, foi criado o SNI (Serviço Nacional de Inteligência), por meio da Lei n° 4341, que em seu Art. 3° trás a sua incumbência:

“Art. 3°- Ao SNI incumbe especialmente:
Assessorar o Presidente da República na orientação e coordenação das atividades de Informação e Contra Informação afetas aos Ministérios, serviços estatais, autônomos e entidades paraestatais (….)" período este também onde são feitas algumas publicações brasileiras acerca do tema.

Destaca - se que em 1970 foi criado o 1° Plano Nacional de Informações (PNI), através do SISNI. DOLABELLA (2009.), ressalta que em 1990 ocorreu à extinção do SNI, sendo o 1° ato oficial do Presidente eleito Fernando Collor de Melo, havendo em seguida a criação do DI (Departamento de Inteligência) subordinada à SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos).

 Em 19 de novembro de 1992, no Governo Itamar Franco, editou-se a Lei 9490/92, extinguindo o DI/SAE e criando-se, em seu lugar, a Subsecretaria de Inteligência da SAE (SSI/SAE). Já em janeiro de 1995, Medida Provisória assinada pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso, autorizou a criação da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), e, em 1999, a Subsecretaria de Inteligência foi elevada a SI (Secretaria de Inteligência), sendo a Casa Militar da Presidência da República transformada em Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica (GSI/PR).

Somente em 7 de dezembro de 1999 foi criada a Lei n°. 9.883, a qual, em seu artigo 1º, instituiu o SISBIN e, no artigo 3º, criou a ABIN, com o intuito de afirmar a superior importância do Sistema.
LEI Nº 9.883, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999.

 "Art. 1° § 2º Para os efeitos de aplicação desta Lei entende-se como inteligência a atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salva guarda e a segurança da sociedade e do Estado.
Art. 1° § 3º Entende-se como contra inteligência a atividade que objetiva neutralizar a inteligência adversa.
Art. 4º À ABIN, além do que lhe prescreve o artigo anterior, compete:
I - planejar e executar ações, inclusive sigilosas, relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da República;
II - planejar e executar a proteção de conhecimentos sensíveis, relativos aos interesses e à segurança do Estado e da sociedade; III - avaliar as ameaças, internas e externas, à ordem constitucional; IV - promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de inteligência, e realizar estudos e pesquisas para o exercício e aprimoramento da atividade de inteligência".

Em abril de 2000 foi fundada ABRAIC – Associação Brasileira de Analistas de Inteligência Competitiva, associação que promove a regulamentação e a disseminação da inteligência no Brasil.

Contudo, a fase de maior desenvolvimento da produção de informações estratégicas ocorreu durante a II Guerra Mundial, no período subsequente ao da Guerra Fria, no final dos anos 80. Onde os profissionais da Inteligência perceberam que utilizar suas habilidades de coletar e tratar informações, de forma ética e legal, traria às organizações uma forte vantagem competitiva frente às demais concorrentes.

Por fim, o interesse das organizações por processos de inteligência, hoje, é uma questão de sobrevivência, haja vista que uso estratégico da informação, sobre o seu ambiente externo, os clientes, os fornecedores, o contexto socioeconômico, as tecnologias disponíveis e etc.. pode significar para estas empresas, estar um passo à frente no mercado.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

GESTÃO DO CONHECIMENTO

 

Estarei a partir desta publicação iniciando uma série de publicações sobre Inteligência Estratégica, com intuito de demonstrar aos gestores a importância dessa poderosa ferramenta nas tomadas de decisões.

 Um ambiente turbulento é cheio de novidades e surpresas, aumentando a imprevisibilidade do futuro e dificultando a compreensão do presente. É nesse contexto que uma organização analisa e avalia a conjuntura, descobre tendências e imagina cenários com um único e exclusivo propósito de descobrir qual a Estratégia que possibilita a sobrevivência do negócio.
                                              Pina, Vitor M. Dias Castro (inteligência estratégia nos negócios).
Em face do processo de mudanças aceleradas mundial (globalização), principalmente no que diz respeito aos avanços da tecnologia atrelada a velocidade com que as informações são geradas, era da informação, fará do sistema de coleta de dados da Instituição o fator preponderante na tomada de decisões.
Para uma organização atingir um desenvolvimento gerencial eficaz e eficiente dependerá de uma boa infraestrutura informacional, onde os dados serão organizados de forma a estarem disponíveis na hora da tomada de decisão.
O sistema de informação gerencial deverá conter a base do plano de atuação das empresas, onde a geração de informações rápidas, precisas e principalmente úteis, garante uma estruturação de gestão diferenciada (inovação). Além disso, melhora o processo de tomada de decisões pelos gestores.
A Gestão do Conhecimento deverá ser aplicada de forma a promover a visão integrada, o gerenciamento e compartilhamento de todo o ativo de informação da organização entre os colaboradores envolvidos no processo. Esta informação pode situar-se em bancos de dados, documentos, processos, bem como em pessoas, através de suas experiências e habilidades (intangível). Ela é necessária para organização dos dados, permitindo acessibilidade a grandes quantidades de informações corporativas, identificação e mapeamento de ativos de conhecimento além das melhores práticas, apoio para a geração de novos conhecimentos, e evitar cometer erros repetidos e manutenção da memória organizacional. Com vista a maximizar o controle das informações e a busca pela vantagem competitiva.
                                                                                                                                Deivison L Nery