terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Vigilantes 24h em ATMs

Lei prevê vigilantes 24h e cabines blindadas em bancos de Ribeirão




Bancos deverão ter cabines blindadas e vigilantes 24h em Ribeirão Preto (Foto: Antônio Luiz/ EPTV)
Bancos deverão ter cabines blindadas e vigilantes 24h em Ribeirão Preto (Foto: Antônio Luiz/ EPTV)
Uma lei municipal sancionada no início desta semana em Ribeirão Preto (SP) obriga as instituições financeiras a instalar cabines blindadas e a manter vigilantes 24 horas nos espaços onde ficam os caixas eletrônicos. A medida tem como objetivos dar mais segurança aos usuários e conter a onda de explosões a equipamentos nas agências bancárias da cidade. Segundo levantamento da reportagem, 12 ocorrências deste tipo foram registradas em 2014 em Ribeirão.
Conforme prevê a lei, os bancos terão um prazo de 120 dias para adaptação.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou a lei em está em análise pelo departamento jurídico.
De acordo com o advogado do Sindicato dos Vigilantes e dos Trabalhadores em Segurança, Eduardo Augusto de Oliveira, as cabines, onde os vigilantes ficarão, deverão ser totalmente fechadas, à prova de balas, com um visor de vidro e com no mínimo 2,10 metros de altura. “Essas cabines já existiram no passado, mas foram substituídas por um escudo que não oferece proteção total ao vigilante, é apenas frontal. Essa proposta é uma tentativa de acabar com o problema das explosões”, afirma.
Para Oliveira, a presença de seguranças permanentes nos estabelecimentos vai contribuir ainda mais para que as instituições tenham mais segurança. “Eles podem inibir a ação dos criminosos, qualquer movimentação suspeita, ou qualquer desconfiança, os vigilantes avisam a PM. O elemento humano tem a sensibilidade de percepção se está acontecendo alguma coisa”, diz.
O especialista em segurança, José Manuel Ferreira, acredita que as medidas vão ajudar a coibir explosões a caixas eletrônicos em Ribeirão Preto, mas, segundo ele, é preciso fazer testes para saber como isso vai ser feito na prática. “Tudo que envolve segurança pública e seres humanos tem que ser testado primeiro. Tem que ver se a blindagem da cabine vai estar de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Não são só ataques com armas, mas também com explosivos, dinamites. A segurança tem que ser boa”, explica.
A instituição que descumprir a lei poderá ser multada em 100 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), o equivalente a R$ 2 mil, sendo que o valor pode ser o dobro em caso de reincidência.
 
 
 
Comentário do autor:
 
Mais uma proposta sem conhecimento técnico é aprovada para a segurança privada, conforme o Especialista consultado na reportagem: foi implementado uma medida de segurança sem antes testa-lá, ou seja o vigilante será a cobaia desse projeto.
 
Vale destacar ainda algumas perguntas como: qual será o grau/tipo dessa blindagem? Foi avaliado o custo de uma blindagem? É viável esse projeto para as instituições financeiras? será que as instituições financeiras vão arcar com as despesas de blindagem contra disparo de fuzil e dinamites? O que será melhor para a instituição; manter o ATM aberto ou fecha-lo? O vigilante com um 0.38 ou 0.32 vai conseguir abortar uma ação de guerra adotada pelos bandidos que praticam esse tipo de crime?
 
Por fim, duvido muito que somente essa medida do governo será capaz de mitigar esse tipo de evento. Mas a partir do momento que as autoridades públicas  reformularem a Lei Penal, revitalizarem a segurança pública, e investirem em segurança privada da maneira certa, deixar de achar que qualquer um pode criar Leis para essa atividade e começarem ouvir as opiniões de especialistas em segurança privada, poderemos ter êxito nesse luta, caso contrário, o que veremos será mais vigilantes morrendo nessa briga desigual.
 
Deivison Nery.
 

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